29 março 2007

Psicologia Canina




Todos os animais têem a sua própria psicologia, o cão tem a sua própria psicologia, o gato tem a sua própria psicologia,o porco;a vaca;o coelho tem a sua própria psicologia,o problema é que nós humanos tratamos dos cães como se eles tivessem psicologia humana.Eles pertencem à especíe canina, logo têem psicologia canina.

Ao não respeitarmos as suas próprias necessidades,ao não entendermos a sua psicologia criamos graves distúrbios no seu comportamento.
Nós complicamos tudo.Somos nós que criamos os problemas aos cães.
Não há cães agressivos, há pessoas irresponsáveis.

Primeiro quando são cachorrinhos, para nós humanos, são bébés, achamos muita piada ao chinelo roído, ao saltar para o sofá, de ladrar ao dono ; o roer das mãos ;ver que o nosso bébé tem a iniciativa de fazer o que bem lhe apetece.
Depois em adultos ficamos muito admirados com ataques de cães a pessoas, de rosnar para o dono quando este quer se sentar no sofá em que o cão adoptou como sendo dele…etc.

O cão agradece quando existe regras / disciplina.

Por vezes não é o exagero de afecto que demonstramos , ou a comida sempre pronta a ser servida, ou até mesmo a quantidade de brinquedos que se encontram espalhados pela casa .Os cães precisam de ter uma função e estarem enquadrados no seu meio familiar…O simples facto de lhes dar-mos festas quando estes saltam para cima de nós e estamos a dizer " chão , vai para baixo, isso não" mas sempre com a nossa mão na cabeça deles, é para o cão uma maneira de ser recompensado pelo que está a fazer, logo ,estamos a baralha-lo completamente, assim irá certamente continuar a saltar para cima das pessoas, ele sabe que virá a recompensa - as festas.

Se lhes dermos exercício – tipo, 30m a andar com passo apressado, ou correr vai resolver muito dos vários problemas
Chegarmos a casa e exercer alguma disciplina, mandar a bola para ele voltar a dar , sentar-se antes de receber a comida...
E só depois darmos afecto, faz toda a diferença para um cão.
Pois sente-se recompensado, útil e assim grato pelos afectos dados na devida altura.

O cão agradece.

Livro Obrigatório : « César Millan – A paixão de César »

26 março 2007

P J.


Já me tinha esquecido como são os cachorros...
P.J. uma cachorra como todas as outras, adora roer, tudo serve para saciar essa vontade inesgotavél de colocar aqueles dentinhos super afiados, em qualquer objecto.Ontem foram umas pantufas, hoje foi a minha factura da PT que sofreu um rasgo de fúria dessa vontade de morder...Ainda cheguei a tempo para salvar o bocadinho de papel "pagamento por multibanco" .Desta vez a PT safou-se...
Sei que ainda vou andar algumas semanas a tentar negociar com ela, coisas dela/coisas minhas.O que é meu é meu ,o que é teu é nosso.

Amanhã lá voltarei…




Estava magro , pelagem toda preta, um cão muito bonito, com os olhos cor de mel, pediam ajuda.
Rapidamente, liguei os quatro piscas, vesti o colete obrigatório e saí do carro ,queria tirá-lo dali, pelo menos reduzir –lhe o perigo de vida, pobre coitado nem sabia bem como lá tinha parado e muito menos como sair, encontravamo-nos à saída da auto-estrada A2.
Chamei-o, ele olho-me cheio de medo, rabo entre as pernas ,corpo esquelético recuava, alguns carros passavam e olhavam, mas seguiam a sua vida, como se nada estivesse a passar, dá mais jeito virar a cara, não se sofre…
Mas como apanha-lo ? Ele cada vez recuava mais , não podia ir atrás dele, pois o fim era previsivél, fica debaixo de um carro, não havia saída , pelo menos da direcção que tomava.
Foi aí que eu percebi que nada podia fazer…Eu não o podia ajudar.Ele tinha razões em não confiar , acredito que não foi parar ali sozinho.
Fui ao carro abri uma lata de comida, e deixa-a lá, pelo menos naquela noite teve comida.
Amanhã lá voltarei…

Yochy





Sempre com a garantia que tivemos momentos perfeitos
Este foi um deles
Com saudades

Sempre gostei de animais




Sempre gostei de animais .
Desde criança ouço relatos contados pelos meus pais que ainda hoje me fazem pensar.
Ainda não falava, pronunciava simplesmente alguns ruídos, quando num daqueles passeios de domingo, estiquei o braço, com os olhos muito abertos, apontei para um animal de especíe canina e pronunciei com convicção « CÃO !« Eis a minha primeira palavra.
Não foi pai nem mãe…Mas sim CÃO !

Os anos foram passando e desenvolveu-se em mim uma ligação muito forte com os animais, em especial com o cão.

Perguntava-me muitas vezes : Será que reagem só por instinto ? Que tipo de linguagem, têem eles afinal ? Estarei a altura de ter um câo ? O que é preciso afinal para ter um cão? Reagem todos da mesma maneira?

Comecei a obter respostas.

Os cães são feitos de carne e osso como nós.
Têem uma capacidade neurofisiológica de experienciar o sofrimento e o prazer, seja físico, seja psicológico – seres sencientes.

Têm uma importância intrínseca e não meramente instrumental, como tantos da minha espécie o fazem crer. Mais: cada cão é dotado de individualidade, que torna cada um deles único, tal como os seres humanos podem ter personalidades tão distintas entre si.

Temos um compromisso perante o cão, respeita-lo.


« O simples facto de o meu cão gostar mais de mim do que eu gosto dele sempre me fez sentir alguma vergonha »
-Konrad Lorens